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Roberto Guilherme defende o amor acima de tudo: `É ruim chegar à terceira idade sozinho`

Roberto Guilherme defende o amor acima de tudo: `É ruim chegar à terceira idade sozinho`


Há quem diga que quanto mais velho se fica, mais complicado é para cultivar ou começar um novo relacionamento. Para Roberto Guilherme isto é apenas um tabu. O ator do Zorra é casado há mais de meio século com a mesma mulher e defende que o amor é a fórmula para superar qualquer barreira. "Sou casado há 51 anos com minha mulher, Sheila Sobral, de 68 anos. Se tivesse que me casar novamente, me casaria com ela!", diz ele, apaixonado.


Para o ator, a família é a base que fortalece qualquer pessoa e, por isso, Roberto não vê empecilhos para alguém buscar uma relação, independente do momento da vida. "A idade não está na cronologia do tempo e, sim, na cabeça de cada um. Minha cabeça, por exemplo, é muito jovem. Tenho 78 anos, trabalho na televisão, teatro, tenho minha vida pessoal. A idade não assusta. Vivam a vida!", defende ele, que completa: "É ruim chegar à terceira idade sozinho. Acho que devemos viver cada época de nossas vidas da melhor forma possível. Temos que viver o tempo real. Tenho filhos e sempre falo isso para eles".


‘Mais de sessenta, tons de cinza’



Um contexto bem diferente de seu personagem, Walderley, na peça ‘Mais de sessenta, tons de cinza’, que está em cartaz no Rio de Janeiro. Na comédia, ele é um homem com mais de sessenta anos que vive em conflito quando o assunto é se relacionar. "Ele não aceita a idade, não quer ouvir falar de casamento, filhos e só quer as mulheres mais novas", conta o ator que contracena com o colega Marcos Wainberg. "O outro personagem, Arlindo, interpretado por ele, assume a idade e se casa. Na vida é assim, existem aquelas pessoas que assumem a idade e aquelas que não assumem", opina o artista.


No espetáculo, os dois vivem amigos que foram criados juntos e que se reencontram em momentos diferentes da vida, anos mais tarde. Arlindo está divorciado e Wanderley quer trazer o amigo para paquerar mulheres mais novas: "A história é bonita, traz uma mensagem para a família, para o jovem, para o idoso. Cada um tem que viver seu tempo. Lá na frente, a pessoa não vai conseguir viver o tempo que passou e não foi vivido".


Diante dos dilemas do personagem, Roberto ainda defende que o que importa são os valores e o que se tem no coração. "Sou realista e espiritualista. Não acredite no rótulo da garrafa linda. Tem que ver o conteúdo da garrafa. Não devemos ver só a estética. O importante é o papo, o conteúdo".

O CUIDAR IDOSO não se responsabiliza, nem de forma individual, nem de forma solidária, pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es).

Fonte: G1 Globo