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A revolução da longevidade: como os idosos veem o avanço da idade | Blog | Cuidar Idoso
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A revolução da longevidade: como os idosos veem o avanço da idade

A revolução da longevidade: como os idosos veem o avanço da idade


Mariana ainda não nasceu. Está passando o último fim de semana na barriga da mãe, a fisioterpeuta Bruna Watusi, 29 anos, e deve chegar ao mundo nesta segunda-feira. De acordo com estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a menina vai viver, em média, 79 anos. Se tivesse nascido em 1940, época em que a tataravó deu à luz a bisavó, a expectativa de vida de Mariana seria de 45 anos, mas os avanços tecnológicos e na medicina ajudaram a fazer com que brasileiros como ela possam viver mais. Mas será que estão vivendo melhor? Os números promissores de tempo de vida vêm, segundo especialistas, acompanhado de preocupação sobre a falta de preparo do país para lidar com a população idosa.

Até 2050, o número de pessoas com 60 anos ou mais chegará a quase um terço da população do Brasil. Cerca de 66,5 milhões de brasileiros (29,3% do total) serão idosos na metade deste século, segundo estudo do IBGE. Essa mudança demográfica exigirá modificações profundas nas políticas públicas de saúde e de assistência social. Atrelada ao aumento da expectativa de vida está a diminuição no nascimento de crianças. Desde 2010, a taxa atual de fecundidade está abaixo do nível de reposição populacional, de 2,1 filhos por mulher. Ou seja, o Brasil será cada vez mais dos idosos e menos dos jovens.

"Estamos vivendo o que chamo de revolução da longevidade. É importante desenvolvermos respostas a essa questão desde já. Urge adotarmos uma perspectiva de curso de vida", ressalta o gerontólogo e presidente do Centro Internacional da Longevidade Brasil, Alexandre Kalache, que dirigiu por 14 anos o Programa Global de Envelhecimento e Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Para tornar os países mais preparados para as pessoas mais velhas, a OMS - que estima uma expectativa de vida global de 72 anos em 2050 - propõe três principais mudanças: tornar as cidades em ambientes amigáveis para as pessoas mais velhas; realinhar os sistemas de saúde às necessidades dos idosos e desenvolver sistemas de cuidados de longo prazo que possam reduzir o uso inadequado dos serviços de saúde agudos, garantindo a dignidade nos últimos anos de vida. O órgão contabiliza aproximadamente 900 milhões de idosos hoje, isto é, cerca de 12,3% da população mundial. A expectativa é de que, em 2050, esta parcela represente 21,5%, ou seja, mais de 2 bilhões de pessoas.

O segredo da longevidade para os idosos recifenses é permanecer ativos. Foi o que revelou uma pesquisa inédita da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), em parceria com o grupo farmacêutico e químico Bayer, realizada em outubro deste ano em dez capitais brasileiras, incluindo o Recife.

De acordo com o estudo, que na capital pernambucana entrevistou 200 pessoas com 55 anos ou mais na Praça do Derby, Mercado de São José e Cais de Santa Rita, o envelhecimento está na pauta dessa fatia da população - 62% deles pensa a respeito da velhice.

O Estatuto do Idoso considera que fazem parte desse grupo etário pessoas com 60 anos ou mais, mas a pesquisa entrevistou pessoas a partir dos 55 anos para saber também sobre a expectativa desses sobre o envelhecimento. Questionados sobre como se sentem com o passar dos anos, 30% dos recifenses afirmaram estar bem com a situação. A velhice assusta 15% dos entrevistados. Os principais medos relacionados ao avanço da idade são ficar sozinho, desenvolver uma doença grave e depender financeiramente dos filhos.

Quando o assunto é expectativa para o futuro, estar com a saúde equilibrada (33%) e curtir a família e os netos (22,5%) estão entre as respostas mais citadas. A comerciante Nena Feitosa, 64 anos, está entre os que querem curtir o envelhecimento com saúde e ao lado da família. A caminhada diária - que ela pratica há pouco mais de um mês, desde que a médica recomendou por causa do colesterol alto - é feita na companhia do neto José Thiago, 6 anos. Enquanto a avó se exercita, ele aproveita para brincar nos parques da orla de Boa Viagem. "Ter neto é muito gostoso. Parece que a gente passa a fazer mais pelos netos do que fez pelos filhos. A gente protege mais", diz.

Preconceito


Diante do envelhecimento da população, a Organização Mundial da Saúde (OMS) se mostrou preocupada com a discriminação contra as pessoas mais velhas depois de fazer uma pesquisa sobre o assunto, que mostrou que 60% da população mundial considera que os idosos não são respeitados. "Assim como com o sexismo e o racismo, é possível mudar as normas sociais, e já é hora de parar de identificar as pessoas com base em sua idade, e isso vai resultar em sociedades mais prósperas, mais justas e com melhor saúde", declarou a entidade em um relatório de 2016.

A pesquisa apontou ainda que os países onde os idosos são menos respeitados são os que têm as rendas mais altas. "Ainda é comum os olhos da sociedade se voltarem para a velhice com preconceitos e rótulos que não representam mais esta parcela da população.

Mesmo que o envelhecimento faça parte de um processo natural do ser humano, que tem início desde o nascimento, ele ainda é marcado por estigmas que precisam ser quebrados", ressalta a presidente da SBGG, a médica Maisa Kairalla.

O segredo da longevidade para os idosos recifenses é permanecer ativos. Foi o que revelou uma pesquisa inédita da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), em parceria com o grupo farmacêutico e químico Bayer, realizada em outubro deste ano em dez capitais brasileiras, incluindo o Recife.

De acordo com o estudo, que na capital pernambucana entrevistou 200 pessoas com 55 anos ou mais na Praça do Derby, Mercado de São José e Cais de Santa Rita, o envelhecimento está na pauta dessa fatia da população - 62% deles pensa a respeito da velhice.

O Estatuto do Idoso considera que fazem parte desse grupo etário pessoas com 60 anos ou mais, mas a pesquisa entrevistou pessoas a partir dos 55 anos para saber também sobre a expectativa desses sobre o envelhecimento. Questionados sobre como se sentem com o passar dos anos, 30% dos recifenses afirmaram estar bem com a situação. A velhice assusta 15% dos entrevistados. Os principais medos relacionados ao avanço da idade são ficar sozinho, desenvolver uma doença grave e depender financeiramente dos filhos.

Quando o assunto é expectativa para o futuro, estar com a saúde equilibrada (33%) e curtir a família e os netos (22,5%) estão entre as respostas mais citadas. A comerciante Nena Feitosa, 64 anos, está entre os que querem curtir o envelhecimento com saúde e ao lado da família. A caminhada diária - que ela pratica há pouco mais de um mês, desde que a médica recomendou por causa do colesterol alto - é feita na companhia do neto José Thiago, 6 anos. Enquanto a avó se exercita, ele aproveita para brincar nos parques da orla de Boa Viagem. "Ter neto é muito gostoso. Parece que a gente passa a fazer mais pelos netos do que fez pelos filhos. A gente protege mais", diz.

Uma das formas de observar como o Brasil ainda não está preparado para uma população com muitos idosos é prestar atenção à situação das calçadas nas cidades. O Recife é um exemplo de mobilidade inadequada para pessoas com 60 anos ou mais. Na avaliação da arquiteta e urbanista, Ângela Carneiro Cunha, assessora técnica do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco (CAU-PE), os principais problemas para a mobilidade dos pedestres idosos na capital pernambucana são anteparos, buracos e declividades.

Segundo a especialista, o entrave relacionado à mobilidade dos idosos não se resume às calçadas. "O tempo de travessia nas grandes avenidas também não é adequado aos idosos. Se a pessoa tiver baixa visão e dificuldade de locomoção, não chega ao outro lado no tempo disponibilizado. Outro problema é  ausência de marcação da faixa de pedestres", pontuou Ângela.

O advogado aposentado Antonio Diniz, 83, caminha diariamente na orla de Boa Viagem e costuma se locomover a pé pelo bairro. Ele afirma que melhorias em relação ao policiamento e à iluminação pública também são necessárias. "Existe uma falta de preparo dos dirigentes em relação ao país, ao estado e à cidade e não só quanto aos idosos, mas em relação à população como um todo", opinou. 


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Fonte: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vida-urbana/2017/11/05/interna_vidaurbana,729517/a-revolucao-da-longevidade-como-os-idosos-do-recife-veem-a-velhice.shtml